Em 4 de maio de 1949, nos céus da Itália o avião Fiat-G212 da ALI enfrenta um temporal. A bordo, 31 pessoas. 18 jogadores daquela que é considerada na altura uma das melhores equipes da Europa, o Torino, equipe técnica, jornalistas e tripulação. Regressam de Lisboa, de um jogo amigável entre o colosso italiano e o Benfica. Nuvens negras, trovoada, chuva e vento forte começaram a aparecer na rota do voo já no Mediterrâneo, quando o avião começa a descida para Turim, no caminho, passa pela Basílica de Superga, no alto de uma colina. Lá dentro, o padre, que estava a ler, ouve o barulho dos motores da aeronave. Está habituado a isso porque são muitos os aviões que sobrevoam a igreja. Mas depois um estrondo. A terra treme. A basílica abana por completo. O Fiat-G212 tinha-se despenhado contra uma parede da igreja. Uma explosão mata as 31 pessoas a bordo. Mas faz mais do que isso. Destroça famílias, abala uma cidade, mata um clube, devasta uma seleção e muda por completo a história do campeonato italiano.
Revista Comunitá Italiana
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